Conheça a história macabra de Sylvia Likens.
Com apenas 16 anos, Sylvia Likens foi vítima de um dos maiores crimes da história dos Estados Unidos da América. A jovem foi torturada até à morte por Gertrude Baniszewski. Sylvia foi abandonada com a sua irmã pelos pais aos cuidados de Gertrude três meses antes da sua morte.

Nascida em 3 de janeiro de 1949 em Lebanon, Indiana, Likens era a terceira filha dos atores circenses Betty e Lester Likens. Filha do meio de dois pares de gêmeos, Diana e Daniel eram dois anos mais velhos, e Jenny e Benny, um ano mais novos que ela.
Devido ao trabalho dos pais, a vida desta família era muito instável, e as crianças eram muitas vezes deixadas com familiares ou pessoas conhecidas quando os pais estavam em turnê com o circo. Com apenas 16 anos, Sylvia morou em 14 lugares diferentes.
Em 1965 enquanto Betty viajava, Sylvia e Jenny estavam com o pai em Indianápolis. O homem decidiu então deixar as raparigas com Gertrude Baniszewski e os seus sete filhos em troca de 20 dólares por semana.
Sylvia e Jenny conheciam os filhos de Gertrude e frequentavam a mesma escola e a mesma igreja que eles. Baniszewski era conhecido dos vizinhos por cuidar de várias crianças além das suas.

Num depoimento mais tarde, Lester Likens admitiu que sabia que a família de Gertrude era pobre, mas nunca entrou na casa para verificar as condições em que estes viviam. Porém, deu força a Gertrude para “endireitar as suas filhas como fazia com as suas próprias crianças”.
Descrita como uma mulher depressiva e anêmica, Gertrude começou a descarregar a raiva e a frustração que sentia nas meninas Likens. Assim que o primeiro pagamento semanal chegou atrasado, a mulher agrediu as meninas. Em agosto de 1965, Baniszewski começou a ofender, humilhar e agredir Sylvia, fora permitir que esta fosse agredida pelos próprios filhos e pelas restantes crianças.
Ao descobriu que Sylvia tinha um namorado, Gertrude acusou a rapariga de se prostituir e afirmou que esta estava grávida. De seguida, começou a agredir com pontapés no estômago.
Quando surgiu um boato de que Sylvia espalhava pela escola que Paula e Stephanie eram prostitutas, o namorado de Stephanie, Coy Hubbard, foi convidado com outros colegas a ajudar Gertrude a agredir Sylvia. A mulher passou então a encorajar as crianças a torturar a rapariga, queimando a sua pele com cigarros, ou obrigando-a a tirar a roupa a inserir de seguida uma garrafa de Coca-Cola na sua vagina,
Enquanto Sylvia era alvo de abusos sexuais, Baniszewski ameaçava Jenny, prometendo fazer o mesmo com ela caso contasse a alguém o que acontecia com a sua irmã.
Os abusos aumentaram, e Sylvia deixou de poder ir à escola e ficou proibida de sair de casa. A seguir foi trancada no porão e obrigada a ingerir as próprias fezes e urina. Neste período, Gertrude, usou uma agulha a ferver para tatuar na barriga da jovem a frase: “Sou uma prostituta e tenho orgulho disso”.

Gertrude forçou Sylvia a escrever uma carta para os pais onde se assumia como uma prostituta e que iria fugir de casa. Ao descobrir que a mulher pleneava deixá-la num bosque até à morte, Sylvia tentou fugir para salvar a sua vida, mas acabou por ser apanhada e voltou a ser agredida no porão.
A 24 de outubro de 1965, Sylvia foi violentamente agredida na cabeça por Coy Hubbard. Passados dois dias, esta morreu devido a um hemorragia cerebral provocada pelo cabo da vassoura usado por Coy, lê-se nos relatórios médicos.
Quando Stephanie e Richard Hobbs perceberam que Sylvia não estava respirando, tentaram de todas as formas salvá-la da morte, mas era tarde demais. A família chamou a polícia e mostraram a carta que Sylvia havido escrito por ameaça de Gertrude. Jenny Likens procurou um dos policiais no local e surrurou: “Tirem-me daqui e contarei tudo”.

Od advogados dos menores afirmaram no julgamento que estes foram pressionados por Gertrude a cometer as torturas. A mulher negou ter qualquer tipo de responsabilidade na morte da jovem e alegou insanidade mental.
Mesmo com esta tentativa de sair impune, Gertrude e Paula foram condenadas à prisão perpétua. Richard Hobbs, John Baniszewski e John Baniszewski foram reencaminhados para um centro juvenil onde ficaram detidos por dois anos.
Devido à colaboração com a justiça, todas as acusações contra Stephanie foram retiradas. Novamente julgadas em 1971, Paula confessou ter tido responsabilidade na morte de Sylvia e acabou por ser libertada ao fim de dois anos.

Gertrude voltou a ser condenada pela justiça, mas conseguiu a liberdade condicional em 1985. Decidida a livrar-se da má imagem que tinha, Gertrude mudou de nome para Nadine van Fossan e foi morar no estado de Iowa, onde morreu em 1990 na sequência de um cancro de pulmão.
O caso de Sylvia Likens deu origem a várias obras como é o caso do filme ‘Crime Americano’.