O falecimento da apresentadora Maria Teresa Campos deixou Cláudio Ramos de luto.
Cláudio Ramos recorreu ao Instagram na manhã desta terça-feira para lamentar a morte de María Teresa Campos, profissional de televisão e de rádio em Espanha.
“Quem gosta de televisão e de programa diurnos perde hoje uma absoluta referência. María Teresa Campos, a rainha da televisão em Espanha, morreu. Estava há mais de um ano afastada da vida pública, depois de numa entrevista ter suplicado para que alguma estação de televisão lhe desse um projecto, uma pequena colaboração que a pudesse manter ativa porque não aguentava o facto de não se sentir valorizada“, começou por escrever o apresentador.
“Recusava-se a sair de cena, a ficar em casa. Durante largos anos, foi a rainha das manhãs televisivas. Foi pioneira nas tertúlias políticas e de atualidade nos programas da manhã, meteu donas de casa da época a falar destes assuntos no dia a dia e transformou as manhãs num lugar aberto onde se passou a falar de tudo. Liderou anos. Muitos anos na Telecinco – deixando depois o lugar a Ana Rosa Quintana ao protagonizar uma polémica e desastrosa transferência para a Antena 3 onde os programas nunca vingaram“, partilhou.
“Voltou depois à Telecinco. Recusava-se a deixar de trabalhar. Sentia-se capaz. Amada por um país inteiro. Morreu aos 82 anos e nesta vida da farândola, como dizem eles, fica a pergunta, será que em algum momento da sua carreira María Teresa deu um passo errado? Porque a partir de certa altura o brilho dos olhos não era o mesmo, as mãos que sublinhavam as frases assertivas não o faziam com a mesma garra. Devagarinho, foi-se apagando… Não que isso se relacione com a morte, que essa é inevitável, mas com o facto de a imagem que fica dela dos últimos anos é a de uma mulher profundamente triste porque não soube, não quis ou não se preparou para a saída. Triste e magoada“, destacou.
“A mim ensinou-me muito. Ensinou-me, por exemplo, que um apresentador não é nem deve aceitar ser um papagaio. Que no dia que o for não está a respeitar o público, está a pensar pela cabeça de outra pessoa. Que um apresentador tem opinião e direito a ela mesmo que não agrade a todos. Que se o apresentador tem mãos, não deve ter medo de falar com elas. Ensinou-me que neste mundo não há unanimidade e, mais importante, que não se deve viver na ânsia de querer agradar a todos.”, rematou.
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