Elisabeth Fritzl foi mantida em cativeiro durante 24 anos pelo próprio pai.
A 28 de agosto de 1984, Elisabeth Fritzl, uma jovem austríaca de 17 anos, desapareceu sem deixar rastos. A polícia andou à sua semana durante largas semanas, mas nunca foi encontrada qualquer pista do seu paradeiro.
Foi nesta altura que os pais, desesperados por algum sinal de vida da filha, receberam uma carta assinada pela jovem onde esta dava como motivo do seu desaparecimento o cansaço e desejo de não viver mais no seio familiar.

O pai da jovem, Josef, chamou imediatamente a polícia e afirmou que a filha queria juntar-se a um culto religioso e que o caso estaria assim resolvido. O que ninguém sabia era que Elisabeth trancada naquela casa a seis metros de profundidade. Foi aí que a rapariga ficou trancada durante 24 anos.
A verdade é que o raptor foi nada mais do que o seu próprio pai, Josef. No dia em que a jovem desapareceu, este pediu-lhe ajuda para consertar a porta da adega que estava localizada no subsolo.
Assim que já chegaram, o homem forçou a filha a entrar e deixou-a inconsciente com uma toalha com éter. Todas as manhãs Elisabeth era visitada pelo pai e tinha, por vezes, a sua companhia durante a noite. Este dava como enganava a mulher dizendo que ia trabalhar nas máquinas que vendia.

Nos primeiros meses manteve a filha simplesmente presa, mas no segundo ano de cativeiro começou a abusar dela regularmente. Elisabeth acabou por engravidar do próprio pai, mas o bebé morreu após 10 meses. Já com quatro meses presa na adega, a jovem voltou a engravidar e desta vez deu à luz uma menina a quem chamou Kerstin.
Dois anos depois voltou a ser mãe de um menino a quem deu o nome de Stefan. As duas crianças ficaram em cativeiro com a mãe e recebiam comida e água semanalmente. Apesar de tudo, Elisabeth tentou sempre educar os filhos da melhor forma possível.

Nos próximos 24 anos, Elisabeth deu durante este tempo à luz mais cinco crianças. mais cinco crianças. Uma morreu após o nascimento, duas ficaram com a mãe e as irmãs, e as restantes três foram levadas por Josef para morar com ele e com Rosemarie no andar de cima. Para eliminar eventuais suspeitas, Josef, deixava cartas com as crianças fingindo que estas eram enviadas por Elisabete. As cartas eram escritas para fazer passar a ideia de que esta não possuía condições para cuidar das crianças e que por isso as queria deixar com os pais. Uma vez que eram parecidos com os avós, a assistência social nunca as levou.
Em 2008, Kerstin, com 19 anos, adoeceu gravemente e Elisabeth implorou ao pai que chamasse um médico para salvar a vida da filha. Embora contra, o homem aceitou e chamou uma ambulância.
Kerstin foi interrogada pela polícia no hospital e dado às respostas muito confusas, o caso do desaparecimento de Elisabeth foi reaberto. Assustado, Josef libertou a filha a 26 de abril de 2008 e esta foi imediatamente ao hospital ver Kerstin.
Levada sob custódia naquela noite, Elisabeth contou tudo à polícia e deixou os policiais aterrorizados quando revelou que o pai assistia a pornografia e a violava de seguida. Desde as torturas físicas e mentais, a agora mulher contou também dos filhos que nasceram e dos que morreram após o nascimento.

Josef acabou detido e as crianças foram libertadas do porão. Surpreendente, a mãe de Elisabeth, Rosemarie Fritzl, fugiu de casa por razões desconhecidas. Elisabeth, com 55 anos, vive atualmente com os filhos numa vila secreta na Áustria.
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