Cândido Pereira esteve à conversa com Filipa Torrinha Nunes, comentadora do programa ‘Passadeira Vermelha”.
Depois da entrevista reveladora de Pedro Crispim na última semana (aqui), Cândido Pereira conversou em exclusivo esta semana com um dos rostos do ‘Passadeira Vermelha’. Filipa Torrinha Nunes é psicóloga e uma das caras do mítico programa da SIC Caras.
Como define a Filipa Torrinha Nunes?
Uma miúda que tenta viver de acordo com a sua verdade procurando contribuir para algo maior também.
Acredito que a nossa infância é a base daquilo que nos tornamos em adultos. Que memórias tem da sua Infância?
Tenho as melhores memórias, felizmente. Muitas brincadeiras ao ar livre, idas ao teatro, histórias antes de dormir, muito colo, beijinhos e acima de tudo muito amor.
Em que fase da sua vida decidiu seguir psicologia e porquê?
Precisamente na altura de preencher os documentos para me candidatar ao ensino superior e foi por profunda intuição, apenas por isso. Não conhecia nada da área e correu muito bem porque depois apaixonei-me perdidamente e sou muito feliz enquanto psicóloga.
Como psicóloga qual é para si a situação mais difícil de uma pessoa conseguir lidar (caso não haja cura) ou tratar?
Creio que a situação mais difícil de lidar é a morte de um filho.
Quando iniciou a sua carreira como psicóloga tinha como objetivo ser uma profissional reconhecida na área?
Não, nunca me foquei nisso. Sempre pensei em ser uma excelente aluna, excelente profissional e tracei o meu caminho nesse sentido.
De que forma recebeu o convite para fazer a passadeira vermelha?
Com enorme felicidade e sentido de responsabilidade. Lembro-me perfeitamente do momento em que recebi o telefonema e fiquei muito feliz especialmente porque já era espectadora assídua do programa.
Considera que existe um preconceito em relação aos comentadores do social?
Sim. É um trabalho muitas vezes conotado como menor, menos erudito, fútil. E sinto que fútil é pensarem que o que fazemos é fútil. Há uma componente de superficialidade, certo, mas que faz parte da vida de todos nós e ocupa um lugar relevante. Alem disso um comentador de social não fala somente de pessoas mas de temas. Temas esses que têm, não raras as vezes, uma importância social. Ainda há dias abordámos na Passadeira o preconceito, xenofobia, gestão de luto… Há muitas formas de falar de coisas sérias e esta é uma delas. O “rosa” e o “sério” não são antagonistas.
O facto de ser psicóloga considera uma mais-valia para conseguir formar uma opinião sobre as diferentes situações que analisa enquanto comentadora?
Todo o conhecimento que um comentador tem reflete-se no seu trabalho e na sua capacidade de análise. No meu caso, tendo conhecimento sobre o comportamento humano, torna-se um bom aliado. Contudo, não estou ali enquanto psicóloga. Estou enquanto comentadora que também é psicóloga. Não é a mesma coisa.
É inevitável fazer-lhe esta pergunta… Como é que lida quando as pessoas criticam de forma ofensiva a roupa que escolhe para o programa?
Tem sido um processo longo e pessoal porque fui muito criticada, especialmente no início. Mas sempre me foquei na ideia de que, o que dizem sobre mim diz muito mais de quem diz do que de mim.
Sente que as pessoas muitas delas são invejosas e por é que criticam?
Não, de todo. Nem todas as críticas estão assentes na inveja, há muitos outros fatores. Essa ideia é super redutora.
Tem uma carreira sólida em psicologia… gostava de ir mais além no mundo da televisão?
Sim, a televisão é uma paixão e seria interessante desbravar novos caminhos nesta área.
Se sim, que desafios gostaria de ter?
Ver-me num lugar que não o de comentadora seria interessante. Embora ame o que faço atualmente.
Em relação ao amor, para si qual o ingrediente que não pode faltar numa relação?
Preciso de sentir que estou em constante evolução, de todas as formas, caso contrário canso-me. Então, a pessoa que está comigo tem que ser parte integrante e contribuir para este processo.
Conselho que pode dar para que as pessoas sejam mais positivas e felizes?
Descubram quem são de verdade e sejam.