Há três meses na TVI, Adriano Silva Martins concedeu uma entrevista ao DONC.
Após um longo período ligado à CMTV, Adriano Silva Martins mudou-se para o V+TVI, o novo canal de Queluz de Baixo. Lá, o comunicador apresenta o ‘V+ Fama’ de segunda a quinta-feira.
Numa grande entrevista exclusiva concebida ao DONC, o apresentador fala sobre a saída da CMTV e deste grande desafio no novo canal da TVI.
Como define o Adriano Silva Martins?
Evito falar de mim porque para mim, falar de mim, é como comer mousse de chocolate. É uma dinâmica perigosa. Uma pessoa começa e não acaba. No fim de semana passado fui lanchar com a minha amiga Lili Caneças que se mostrou maravilhada com o ‘ChatGPT’ e a inteligência artificial. A Lili que é muito mais moderna que eu agarrou no telemóvel e pediu ao ‘ChatGPT’ que desse três palavras para me definir. As palavras foram nesta ordem: determinado, visionário e resiliente. Determinado acho que sou, de facto. E como disse um professor meu na escola primária “não é brilhante, mas é esforçado”. Também me identifico. Sou esforçado. As coisas que valem a pena custam um esforço e eu mal ou bem, sempre me esforcei e nunca desisto.
Acredito que a nossa infância é a base daquilo que nos tornamos em adultos. Que memórias tem da sua infância?
Uma etapa feliz. Tenho ótimas recordações, até porque tenho uma excelente memória. Lembro-me de coisas que os meus irmãos e primos não se lembram à priori. Vivi até aos meus 15 anos no campo, com muita liberdade, muito espaço. Depois tenho também memórias mais profundas sobre mim próprio. Sempre tive uma grande consciência e responsabilidade de mim próprio o que de certa maneira diria que é uma carga para uma criança, mas faz parte do meu feitio. Sempre fui assim e não sei ser de outra maneira.
Porquê fazer da sua vida a vida dos famosos?
Porque alguém tem de o fazer e acho que cada vez o faço melhor.
Qual a figura pública que não suporta de todo?
A pergunta deveria ser feita aos famosos que não me suportam! [risos] Eu suporto todos. Há personalidades que me dizem pouco, ou que me interessam pouco porque me parecem mesmo pouco interessantes, que se levam muito a sério. Mas, no V+Fama só falamos de gente que interessa. Basta ver o V+Fama.
Para si, qual é o erro que os famosos cometem e que consegue tir-lhe do sério?
Levarem-se muito a sério e terem pouco poder de encaixe e sentido de humor.
Que balanço faz do tempo em que esteve na CMTV?
Altamente positivo. Foram quatro anos magníficos, de trabalho e de partilha com grandes profissionais dos quais aprendi muito. A Maya, Agata Rodrigues, Duarte Siopa, Rui Oliveira, Vânia Pacheco, Joana Pinto, Gabriela Palma, Humberto Simões, Ângela Gonçalves, e claro, Carlos Rodrigues. Com todos eles aprendi, cresci, deram-me a oportunidade de crescer. Honestamente, também acho que retribui e que deixei marca.
A sua saída da CMTV apanhou muita gente de surpresa. O que lhe levou a sair?
Foi uma questão de vontade pessoal, tinha vontade de mudar e mudei. Obviamente que ter um convite facilita as coisas. Mas também tive convites anteriores (só eu e o meu ex agente, Ricardo Azedo, sabemos e por uma questão de elegância e respeito às empresas que fizeram os convites não vou dar nomes), um para Espanha e outro para um tv portuguesa e não os aceitei. Sabes porquê? Porque nesse momento não tinha vontade de mudar ou não se davam as condições que eu queria para mudar.
Agora está à frente de um grande desafio, como apresentador de um programa de sociais. Isso era algo que tinha como objetivo?
Sim e não. Sim porque acho que é uma evolução natural. Acho que tenho um cunho pessoal, uma forma de fazer minha. E não, no sentido de que se nunca tivesse acontecido também não seria nenhuma frustração porque gosto tanto de ser apresentador como gosto de ser comentador.
Qual o balanço que faz? Corresponde às expectativas?
Supera. É gratificante veres diariamente o impacto que o teu trabalho tem na vida das
pessoas e não há dúvida que o V+FAMA tem muito impacto.
Para si, qual é o pior comentador (a) atualmente em Portugal? E porquê?
Qualquer que opine de forma ligeira, despreocupada e sem qualquer sentido e consciência da responsabilidade. Mas se me permites vou te dizer quais os comentadores que mais me surpreenderam em 2024, por inesperados, por nunca se terem dedicado ao comentário social e que o estão a fazer de forma brilhante: Guilherme Castelo Branco e Ricardo Azedo.
Quais as qualidades que um bom comentador de social que considera imprescindíveis?
Honestidade e imparcialidade. Há quem não conheça o significado mas para isso estão os dicionários.
Temos de passar pela realeza, mas quero passar de forma leve. Por exemplo, sei que já dançou a macarena com a Carolina do Mónaco. O que pode partilhar sobre esse episódio? Como aconteceu?
Ano 2008, Monte Carlo, Bal de la Rose. Estava na pista de dança com o apresentador espanhol Boris Izaguirre, o estilista David Delfin e a atriz Bibiana Fernández. De repente começa a ouvir-se a Macarena e começamos a fazer a coreografia e cada vez se foi juntando mais gente… o cantor Mário Vaquerizo, Paco Clavel, Carolina e Alberto do Mónaco! Foi um momento único!
Considera que existe um preconceito em relação aos comentadores do social?
Sim, há. Mas começa a ser derrubado. Na CMTV e na TVI, nos seus noticiários, são muitas vezes abordados temas do social e isso ajuda a derrubar o estigma. Sem ir mais longe, no V+FAMA de segunda feira, 25 de novembro, fizemos uma entrevista ao advogado Pedro Nogueira Simões, responsável pela defesa de José Castelo Branco e essa entrevista foi usada no Jornal Nacional da TVI e nos noticiários da CNN. O cor de rosa também é jornalismo.
Está bem e feliz com este mais recente projeto, mas que desafios gostarias de ter? Tens algum projeto de sonho?
O V+FAMA.
Em relação ao amor, para si qual o ingrediente que não pode faltar numa relação?
A sinceridade.
Qual o conselho que pode dar para que as pessoas sejam mais positivas e felizes?
Preocupem-se com as suas vidas que o V+Fama já se preocupa com a vida de todos.
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