As últimas decisões de José Eduardo Moniz na TVI foram péssimas.
A TVI enfrenta uma crise de audiências, resultante em grande parte de decisões estratégicas menos acertadas. Nos últimos dias, a estação de Queluz de Baixo tem encontrado dificuldades, perdendo diversas vezes para a SIC, embora a diferença de audiências não tenha sido significativa. Enquanto a SIC apresenta uma programação saturada de novelas brasileiras e turcas, além das portuguesas, a TVI depende de apenas dois programas principais.
O programa ‘A Sentença’, embora continue a ser líder de audiências, está a ser explorado de forma excessiva, exibido diariamente de segunda a sexta, das 15h às 18h. É fundamental reduzir esta duração e diversificar a grelha das tardes, trazendo um novo programa que traga realmente inovação e uma lufada de ar fresco.
Além disso, um dos principais trunfos da TVI, o ‘Big Brother’, precisa de uma abordagem mais cuidadosa e adequada, tanto nas dinâmicas como nas galas. A aposta excessiva em especiais pouco relevantes e na repetição de galas, como está previsto para esta semana, não faz sentido nenhum.
Cristina Ferreira e Cláudio Ramos cresceram significativamente nos últimos anos como apresentadores deste formato, mas gostaria de destacar o potencial de Maria Botelho Moniz, que há muito merece a oportunidade de apresentar um ‘Secret Story’ em setembro e que pode trazer uma nova dinâmica ao programa.
Por último, mas não menos importante, a ficção enfrenta uma fase bastante crítica. Até quando se manterá ‘Festa é Festa’ no canal? Admiro a coragem de quem continua a acompanhar esta novela após tantos anos. ‘A Protegida’ anunciou desde o início que não seria uma boa novela, mas acabou por surpreender ao revelar-se ainda pior logo no primeiro episódio. Apesar de ter um elenco de grandes nomes, os temas abordados, assim como em ‘A Fazenda’, são quase todos ultrapassados e não cativam o espectador.
‘Cacau’ trouxe uma lufada de ar fresco, mas essa fase positiva foi breve. Pergunto-me: onde está a diversidade nas novelas? Nunca pensei que uma produção da TVI se mostrasse mais conservadora em 2025 do que algumas emitidas em 2017, por exemplo. É deprimente.
Senhor José Eduardo Moniz, sugiro que tire alguns dias de descanso para assistir a séries da Netflix, de forma a compreender melhor o que nós, espectadores, realmente desejamos ver.
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