Cristina Ferreira foi apanhada em declarações contraditórias à CMVM.
Envolvida numa nova polémica, Cristina Ferreira é acusada de ter feitos declarações contraditórias à CMVM – Comissão do Mercado de Valores Mobiliários. Em causa está o negócio da venda da Media Capital, dona da estação de Queluz de Baixo, a Mário Ferreira.
“Cristina Ferreira, doravante (CF), em declarações à CMVM, referiu o seguinte: estava na SIC […]. CF reconhece que as coisas estavam tranquilas, mas que sentia que não teria margem de crescimento dentro da estrutura da estação. Houve um primeiro contacto por parte de uma diretora da TVI, Lurdes Guerreiro […], para saber se haveria algum interesse em voltar. Nessa mesma abordagem foi-lhe dito que, em caso afirmativo, deveriam avançar para uma conversa com Nuno Santos (NS)“, pode ler-se no documento emitido pela ERC – Entidade Reguladora para a Comunicação Social que a revista TV Mais teve acesso.
“CF terá respondido que não falaria com NS […] CF referiu não saber de que forma essa resposta foi transmitida e gerida internamente, mas o facto é que a chamada seguinte que recebeu foi de Mário Ferreira (MF), para falarem diretamente, o qual tinha sido já apresentado como acionista da GMC“, lê-se.
“Essa reunião teve lugar, e foi a primeira vez que CF conheceu e esteve com MF. Nessa reunião MF transmitiu a CF que NS estaria na estrutura, na qualidade de diretor-geral da TVI, e CF respondeu que a conversa terminaria ali. MF refere então que o cargo de NS de diretor-geral estava distribuído e não seria passível de alteração e pergunta a CF se a possibilidade de ser acionista e possível administradora […] seria suficiente para prosseguirem a conversa. CF respondeu que sim e retomou-se a conversa“, prosseguem.
Ao que parece, Cristina Ferreira assegurou que nunca tinha falado com Mário Ferreira sobre a sua saída da SIC para a TVI. “Mais tarde, em declarações no âmbito do procedimento administrativo, veio Cristina Ferreira referir que nunca falou com Mário Ferreira. E que as conversações foram todas com Manuel Alves Monteiro“, lê-se ainda.