Zé Lopes revelou, em exclusivo ao DONC, a fase mais difícil que enfrentou na TVI.
Cândido Pereira, comentador da CMTV e rosto do nosso site, entrevistou Zé Lopes que está diariamente na antena da TVI como comentador oficial do “Big Brother”. Além de abraçar outros desafios na TVI, o profissional é ainda diretor de conteúdos do programa “Em Família”.
Leia na íntegra a entrevista:
Como defines o Zé Lopes?
Acho que sou um rapaz feliz, um rapaz que na verdade que não precisa de muito para ser feliz. Tenho uma grande capacidade de me reinventar quando algo corre bem. Sou focado, trabalhador e sonhador. Sou muito amigo dos meus, protetor e astuto. Sou teimoso, impaciente e às vezes refilão. Sou excêntrico, divertido e irónico e sou, acima de tudo, muito intenso, em tudo.
Tiveste uma infância feliz?
Ainda que com todas as dificuldades relacionadas com a detenção do meu pai, acho que tive uma infância muito feliz sim. Foi uma infância livre, na aldeia. Não havia espaço para luxos, mas também nada me faltou. E a noção do esforço que a minha mãe tinha de fazer para me dar as coisas que eu lhe pedia fez-me valorizar muito a conquista. Eu celebro cada passo que dou, cada objetivo que cumpro, de forma muito eufórica. E muitos podem achar que é um exagero, mas tem precisamente a ver com estas marcas que me ficaram da infância.
Sabemos que as tuas raízes estão a Norte do País, como lidas com a distância?
Custa-me muito, e coloco constantemente tudo na balança. Sinto-me, de certa forma, um emigrante dentro do país. Eu sou muito grato por estar a viver em Lisboa e a trabalhar na área profissional que sempre desejei, mas a fatura dessa minha escolha traz a distância dos meus familiares , dos meus amigos, das minhas pessoas. Fui muito bem recebido em Lisboa, sou muito feliz a viver cá, mas o meu lugar é no Norte. Ainda assim, uma das resoluções que fiz há dois anos na passagem de ano foi ir com mais frequência ao Norte e tenho conseguido cumprir.
Quando é que percebeste que a Televisão era o caminho que tinhas de seguir?
Desde sempre. Adoro o contacto com as pessoas. Eu sou mesmo das pessoas. Não me incomoda nada (e até fico muitíssimo feliz) quando vêm ter comigo e me felicitam pelo meu trabalho e me dão beijinhos, abraços e pedem fotografias. Sinto que sou o netinho de muitas avós e essa sensação é maravilhosa. É também por isso que adoro apresentar o “Somos Portugal” porque aquele programa vive do contacto estreito com quem nos assiste.
A parte menos boa é que perdes, de certa forma, o domínio da tua vida mais privada.. mas eu sinto que a nossa imprensa até respeita isso. Eles entram e exploram a vida de quem lhes abre a porta. Nunca tive um episódio desagradável por acaso, porque também nunca dei nenhum tipo de abertura para que a minha vida mais íntima fosse explorada.
Trabalhar num meio com muita exposição tem as suas vantagens e desvantagens. Em relação à “fama”, do que gostas mais e do que gostas menos?
Adoro o contacto com as pessoas. Eu sou mesmo das pessoas. Não me incomoda nada (e até fico muitíssimo feliz) quando vêm ter comigo e me felicitam pelo meu trabalho e me dão beijinhos, abraços e pedem fotografias. Sinto que sou o netinho de muitas avós e essa sensação é maravilhosa. É também por isso que adoro apresentar o “Somos Portugal” porque aquele programa vive do contacto estreito com quem nos assiste.
A parte menos boa é que perdes, de certa forma, o domínio da tua vida mais privada.. mas eu sinto que a nossa imprensa até respeita isso. Eles entram e exploram a vida de quem lhes abre a porta. Nunca tive um episódio desagradável por acaso, porque também nunca dei nenhum tipo de abertura para que a minha vida mais íntima fosse explorada.
Qual é o teu maior objetivo a nível profissional?
Apresentar um programa diário de companhia, mas é um objetivo que só quero cumprir a longo prazo, quando as direções e eu sentirmos que estou preparado para dar esse passo. Aprendi a controlar a ansiedade e a não ter pressa.
Como te sentes quando não valorizam o teu trabalho dizendo que és “graxista”?
Altamente injustiçado porque essas pessoas não têm absolutamente noção nenhuma das coisas. Eu tirei uma licenciatura, consegui uma vaga de estágio através de uma entrevista que estava aberta a toda a gente, não tinha qualquer tipo de conhecimento no meio, e foi o meu trabalho no estágio que me valeu a primeira oportunidade profissional. E todas as minhas conquistas têm a ver, exclusivamente, com o meu trabalho. E outra coisa que as pessoas não sabem (nem têm de saber) é que eu digo tudo aos meus superiores. O que está bem e o que está mal. Com educação , acho que podemos dizer tudo. E eu nunca deixei de o fazer, mesmo sabendo que isso me podia eventualmente valer alguma represália. Enfim, não vou tentar mudar as cabeças das pessoas. Que pensem isso e está tudo bem. A minha consciência está tranquilíssima em relação a este tópico.
Para além das questões de saúde, sentiste que o teu peso poderia ser prejudicial a longo prazo na tua carreira?
Sim. Trabalhar em televisão, e sei que a imagem conta muito. As motivações para este meu processo de transformação foram a saúde, até porque nunca senti preconceito profissional por ter excesso de peso, mas, sendo o mais franco possível, sei que a minha imagem agora pode abrir-me outro tipo de portas que antes não se abririam
Qual a fase mais difícil? E como a ultrapassaste?
A saída do “somos Portugal” doeu-me muito. Senti-me injustiçado com aquele desfecho e com as opiniões duras das pessoas. E duras é um adjetivo muito suave para as coisas que li. Ultrapassei porque tenho uma família maravilhosa e os melhores amigos do mundo que não me deixaram cair. Nisso, tenho muita sorte. .
Quem é a tua maior inspiração?
Sei que é a típica resposta clichê, mas é sem dúvida a minha mãe. E nós somos muito iguais em termos de personalidade.
Qual o teu maior sonho?
Tenho muitos. O primeiro de todos é ter (eu e os meus) saúde. Tenho saúde, tudo o resto conquista-se. Mas gostava de apresentar um programa que me encha as medidas, comprar uma casinha, encontrar o amor e ser pai. Sinto que seria um bom pai.
Existe algum projeto para breve? Se sim, podes levantar um pouco do véu?
Isso não me podes perguntar a mim, mas sim ao Zé Eduardo, à Cristina e à restante equipa de diretores. Eu sou um profissional disponível para novos desafios e projetos e eles sabem-no, mas essas decisões não passam por mim.
Sobre o amor consideras te um homem de sorte?
Ai, não. 😂 Mas também no meio de uma vida tão feliz, tinha de haver um capítulo mais conturbado. Não me falta amor da família e dos amigos, mas ainda não encontrei a minha metade da laranja. Não ando feito doido à procura mas também não me fecho. Vai surgir no tempo certo, no tempo de Deus. Eu acredito muito nisso. Sou um homem de fé.