Traumas de infância alteraram completamente a vida de Beth Thomas.
Todos sabemos que episódios traumáticos na nossa infância pode trazer severos danos para a nossa vida adulta, mas a história de Beth Thomas é um exemplo de que até uma criança inofensiva pode tornar-se em algo perigoso.
Beth foi adotada em 1984 com o Jonathan, o irmão mais novo, pelo casal cristão Tim e Nancy Thomas que sonhavam ter filhos. Porém, as crianças vinham de um lar de acolhimento desestruturado e violento. Quando tinha apenas um ano de idade, Beth ficou órfã de mãe e foi deixada aos cuidados do pai biológico.
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Durante este período, a criança foi durante a infância alvo de abusos psicológicos e sexuais do progenitor, chegando mesmo a ser violada pelo homem. Quando o crime foi descoberto, o homem perdeu a guarda dos filhos e estes foram enviados para a assistência social onde foram escolhidos por outra família.
Os novos pais eram muito carinhosos com os irmãos, mas logo começaram a reparar um comportamento no mínimo estranho em Beth. A menina era extremamente violenta e recusava qualquer todo o tipo de demonstração de afeto.
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Com o passar dos anos, os comportamentos de Beth foram se agravando e a rapariga chegou mesmo a tentar sufocar o irmão com um travesseiro. Antes, Beth já havia esfaqueado o seu cão de estimação com uma faca, matou filhotes de pássaros, e cortou a cabeça de um colega da escola com um pedaço de vidro. Esta também se masturbava e insinuava-se sexualmente para seu avô enquanto demonstrava o desejo de matar os seus pais.
Em 1989, o casal começou a ter medo da menina e decidiram levá-la para uma clínica psiquiátrica. No espaço, Beth fez vários exames até ser realizado o diagnóstico: a rapariga sofria de Transtorno de Apego Reativo, uma síndrome que impede que a pessoa consiga criar laços afetivos com as pessoas que a rodeiam. Uma terapia extensiva para tentar reverter ou amenizar quadro psicológico foi iniciado, mas esta conseguiu enganar os próprios profissionais.
Durante o tratamento foi descoberto que ela planejava a morte dos pais e que já estava a guardar facas de cozinha para realizar o assassinato. O Dr. Ken Magid, responsável pelo caso, defendeu que a Beth tinha perfeitamente noção das consequências das suas ações e que mesmo assim não apresentava remorsos.
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Após décadas de terapia intensa, Beth Thomas começou a dar sinais de melhoria, e atualmente trabalha como enfermeira, ajudando crianças que passaram pela mesma situação que a sua. Ela também é conhecida em todo o mundo por dar palestras sobre a sua história.
Ainda que tudo aparente ter tido um desfecho feliz, alguns especialistas como José Luis Cano, acreditam que Beth apenas aprendeu a fingir e a esconder os seus instintos psicopatas. Estes são mais cautelosos e não querem acreditar que Beth esteja verdadeiramente curada.
Os mais curiosos podem assistir ao documentário ‘A Ira de um Anjo‘ com revelações da própria Beth Thomas.
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